SUV chinês futurista, Avatr 11 é flagrado rodando em testes no Brasil
Posicionado entre modelos de luxo na China, o Avatr 11 tem versões elétricas de um ou dois motores, e com extensor de autonomia

Aparentemente, há mais marcas chinesas estudando o Brasil do que se pensava. Nos últimos dias, um Avatr 11 apareceu de surpresa e sem nenhum tipo de camuflagem em São Paulo (SP), apenas com placas verdes e proteções laterais de transporte, que indicam tratar-se de uma unidade em testes que acabara de chegar o país. As fotos foram publicadas pelas páginas Placa Verde e Abandonados.br, no Instagram.
Assim como a Zeekr, que já está no Brasil, a Avatr faz parte de segmentos de luxo na China, com foco em SUVs e sedãs. No caso do Avatr 11, trata-se de um SUV cupê elétrico com desenho futurista: na dianteira, os faróis assumem posições irregulares, com a iluminação principal na porção inferior do para-choque. Há uma tela na base do vidro dianteiro, para comunicar-se com quem estiver do lado de fora, solução vista em modelos da Zeekr e da Chery, por exemplo.

A traseira vai além nas soluções, com lanternas altas e a parte superior da tampa quase reta, como em um sedã; o vidro traseiro é pequeno e ovalado, colocado praticamente na vertical. De lado, além das grandes rodas (que podem ter 21 ou 22 polegadas, de acordo com a versão), o Avatr 11 tem maçanetas embutidas.
Ele chega perto de um BMW X6 nas dimensões, com 4,90 metros de comprimento (7 cm a menos do que o X6), 1,97 m de largura, 1,60 de altura (portanto, baixo) e grandes 2,98 m de entre-eixos. Na China, o modelo pode levar até cinco pessoas – exceto na versão mais cara, com o sugestivo nome de “Royal Edition”, apenas para quatro ocupantes.

São cinco versões diferentes, sendo as duas primeiras equipadas com extensor de autonomia (um motor a gasolina que não traciona as rodas). Para ambas, há apenas um motor traseiro (ou seja, tem tração traseira) de 314 cv e 37,4 kgfm, e uma bateria CATL de 39 kWh.
O conjunto, segundo a Avatr, é suficiente para levar o SUV de 0 a 100 km/h em 6,9 segundos, e para uma autonomia combinada (com o extensor) de até 1.065 km, no ciclo chinês CLTC. A autonomia elétrica, porém, é de 225 km.

As outras três demais configurações são elétricas, sem o extensor, mas ainda assim com grandes autonomias projetadas. A versão de entrada, Ultra, tem um motor traseiro de 322 cv e 40,4 kgfm, e uma bateria de 116.8 kWh. Assim, segundo a marca, ele leva 6,5 segundos para chegar aos 100 km/h e tem um alcance de até 815 km.
A configuração Ultra AWD e a topo, Royal Edition, têm o mesmo conjunto formado por dois motores elétricos, que classificam tração integral: um dianteiro, de 224 cv e 29,7 kgfm, e um traseiro, com 322 cv e 40,4 kWh. A potência combinada é de 546 cv e, o torque, de 70 kgfm. A bateria é a mesma da versão de entrada, com 116,8 kWh.

No caso das mais caras, o foco é em desempenho e elas levam apenas 3,9 segundos para chegar aos 100 km/h a partir da inércia. A autonomia, porém, é a menor frente às versões mais baratas – mas 760 km (padrão CLTC) passa longe de ser qualquer alcance.
Na China, o Avatr 11 com extensor de autonomia parte de 279.900 Yuan, equivalente a R$ 226.691 em conversão direta, sem adição de impostos, na data de publicação desta matéria. Já as versões elétricas começam em 339.900 Yuan (R$ 275.285) com motor simples e em 369.900 (R$ 299.582) com dois motores. A mais cara, sai por 429.900 (R$ 348.176). Caso chegue ao Brasil, o Avatr 11 poderá utilizar a configuração de dois motores. Assim, não esperemos por algo abaixo dos R$ 500.000.