Stellantis anuncia mais híbridos para 2025 e quer Leapmotor nacional
De acordo com o presidente do grupo, a chinesa Leapmotor estreia ainda este ano, inicialmente com modelos importados

O presidente da Stellantis, Emanuele Cappellano, realizou na manhã desta quinta-feira (30) um balanço sobre os resultados de 2024 e falou sobre os planos das marcas do grupo para 2025. Entre os destaques ficou a Leapmotor, marca chinesa com participação do grupo e que chega ainda neste ano ao mercado brasileiro, como uma ofensiva às conterrâneas BYD e GWM.
Cappellano iniciou comemorando a liderança do mercado na América do Sul, com 22,9% de participação e, particularmente no Brasil, 29,4% (tendo a Strada como líder do mercado). Na Argentina, a participação foi de 29,7%, com o Peugeot 208 como modelo mais vendido. Festejou também o aumento de 17% nas exportações para a região, comparando da 2023.

Para 2025, ele anunciou que o grupo seguirá forte na hibridização, com a tecnologia Bio-Hybrid em ampliação para outras marcas – sabe-se que, além dos Fiat Pulse e Fastback, a motorização 1.0 turbo com sistema híbrido leve também chegará aos Peugeot 208 e 2008, além dos Citroën C3 e C3 AirCross.
Espera-se, porém, que a tecnologia avance em suas aplicações, hoje apenas como híbrido leve. Durante a apresentação do Bio-Hybrid, o grupo Stellantis apontou para a hibridização leve, plug-in, e-DCT (com um motor elétrico de 48V e outro maior, juntos), além de aplicações em modelos elétricos. Não houve anúncios sobre esses avanços, por ora.

Outros anúncios incluíram a expansão do programa Sustaneira, de economia circular, com o aumento do portfolio de peças remanufaturas oferecido. Para suportar essas melhorias, a Stellantis anunciou contratações de 1.500 novos colaboradores, nas plantas de Betim (MG) e Porto Real (RJ).
Leapmotor chega em 2025
No que diz respeito à Leapmotor, Emanuele Cappellano afirmou que a marca será lançada este ano, sem precisar uma data, mas dizendo que, em abril, haverá novidades. Disse que a empresa está trabalhando duro em várias frentes para preparar a chegada dos carros no país. Por novas frentes, entende-se nomeação de rede, capacitação da áreas de serviços (como peças e assistência técnica) e também da adequação dos carros ao gosto e às condições de rodagem locais.

Ele confirmou que haverá veículos híbridos e elétricos, mas não quis detalhar os modelos. Falou apenas que são aqueles já muito falados pela imprensa, “entre eles os SUV C10 e B10”, admitiu. Além destes, o subcompacto elétrico T03 também virá para ocupar o segmento dos elétricos mais baratos do país, ao lado de Renault Kwid E-Tech e BYD Dolphin Mini.
Inicialmente, esses veículos chegarão ao Brasil importados da China. Mas a Stellantis procura trabalhar para a nacionalização de seus componentes, com o passar do tempo. De acordo com Cappellano, a produção de conteúdo local é uma diretriz da Stellantis e é entendida como o caminho para seguir com a operação das marcas nos mercados, para poder continuar e também crescer.