Renault Megane elétrico poderá virar esportivo para crescer nas vendas
O Megane elétrico pode receber um upgrade de bateria e apostar na esportividade para se destacar em meio aos Renault 4 e 5

O Renault Megane E-Tech, que deveria ser um dos protagonistas entre os carros elétricos da marca, acabou ficando em segundo plano desde que os novos Renault 4 e 5, modelos de apelo retrô, conquistaram a atenção dos compradores. Agora, a fabricante francesa planeja como contornar isso.
O sucesso da dupla deixou o hatch elétrico em situação delicada, forçando a marca francesa a buscar maneiras de reposicioná-lo no mercado. A solução? Apostar em esportividade, design mais marcante e maior autonomia de bateria.
O CEO da Renault, Fabrice Cambolive, em entrevista durante o Salão de Munique, deixou claro que a estratégia passa por transformar o Megane em um hatch de luxo com uma pegada esportiva. A promessa é de um modelo que não apenas se destaque visualmente, mas também consiga entregar números mais competitivos frente aos rivais, especialmente os alemães.
Hoje, o Mégane E-Tech tem uma bateria de 60 kWh, que garante autonomia de 459 quilômetros. O Scénic, por exemplo, pode carregar uma bateria de 87 kWh, capaz de rodar 615 quilômetros, enquanto o Nissan Leaf, um primo próximo na aliança com a japonesa, dispõe de uma unidade de 75 kWh para 488 quilômetros de alcance.

O objetivo é que o modelo passe a oferecer uma versão com bateria maior. A marca não revelou se o Megane elétrico também terá motor mais potente. Hoje, o hatch utiliza o mesmo motor dianteiro único de 220 cv presente no Renault 5 e no Alpine A290, derivado dele. É provável, porém, que o hatch elétrico fique mais potente,
Enquanto as informações técnicas permanecem em sigilo, o que já se sabe é que o visual será parte essencial da transformação. O hatch deve adotar para-choques mais agressivos, possivelmente rodas maiores e um novo conjunto óptico com faróis de LED mais finos. O objetivo é transmitir, já à primeira vista, a ideia de um carro mais exclusivo e ousado, capaz de justificar o valor adicional que virá com as mudanças.

Um ponto que não foi confirmado é a possível volta da Renaultsport, divisão responsável pela criação dos mais icônicos modelos da marca, que foi descontinuada em 2023. Cambolive não confirmou diretamente esse renascimento, mas deixou a porta aberta, afirmando que a empresa estuda diferentes opções e que novas propostas serão apresentadas nos próximos 12 meses.