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Primeiro caminhão elétrico rodoviário do Brasil estreia por R$ 1,3 milhão

Caminhão XCMG E7-49T tem PBTC de 49 toneladas, 150 km de autonomia e pode trocar pack de baterias quando descarregado

Por João Vitor Ferreira
2 jun 2023, 18h48
E7-49T
 (XCMG/Divulgação)
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Já existem algumas opções de caminhões elétricos à venda no Brasil, mas nenhum deles é do tipo cavalo-mecânico, para aplicações rodoviárias. Visando essa carência no mercado nacional, a chinesa XCMG (Xuzhou Construction Machinery Group) está lançando no Brasil E7-49T, um caminhão elétrico que pode trocar as baterias em vez de esperar sua recarga.

O caminhão, que deu as caras pela primeira vez no Agrishow, tem motor elétrico síncrono de imã permanente com 482 cv e 204,1 kgfm. Diferente de veículos elétricos comuns, que dispensam câmbio, o E7-49T tem uma transmissão automatizada de quatro marchas, com a opção de trocas manuais pela alavanca no console central. De acordo com a XCMG, as reduções das engrenagens ajudam o caminhão a economizar energia elétrica nas arrancadas.

E7-49T
(XCMG/Divulgação)

Outra solução mais convencional é da posição do motor. Embora veículos elétricos permitam que o motor seja instalado diretamente no eixo, a XCMG optou por posicionar o motor sob a cabine e usar um cardã e suspensões mais convencionais para facilitar a manutenção do caminhão, quando necessário.

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Para completar, o XCMG E7-49T tem bateria de fosfato de ferro lítio de 282 kWh. A marca afirma que elas são capazes de oferecer até 150 km de autonomia. Para os padrões brasileiros, pode não ser muito, afinal, os caminhoneiros costumam percorrer distâncias muito longas com os modelos a diesel. Porém, ele se mostra bem útil em logísticas de distâncias menores, principalmente porque a bateria pode ser carregada em até uma hora na corrente contínua, dependendo da potência do carregador.

E7-49T
Grande caixa preta atrás da cabine é o pack de baterias, que pode ser substituído facilmente com a ajuda de uma empilhadeira (XCMG/Divulgação)
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Mas para economizar mais tempo —  e dinheiro —  a XCMG adotou em seu caminhão a tecnologia “swapping”, que permite trocar todo o pack de baterias por um outro carregado. A “caixa” está localizada atrás da cabine e, com a ajuda de uma empilhadeira comum, é possível fazer a substituição em um pouco mais de seis minutos, segundo a montadora.

E7-49T
(XCMG/Divulgação)

Com uma velocidade máxima de 84 km/h e um PBTC de 48 toneladas, a XCMG destaca a dirigibilidade como um dos principais recursos do seu caminhão, além é claro das emissões nulas de CO2. Nas estradas, o E7-49T é mais confortável graças ao nível de ruído bem mais baixo que um caminhão a diesel e as poucas vibrações transmitidas pelo motor.

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E7-49T
(XCMG/Divulgação)

O caminhão tem como itens de segurança como LDWS (Lane Departure Warning System), ou sistema de aviso de saída de faixa, AEBS (Advanced Emergency Braking System), espécie de sistema semiautomático que auxilia o sistema de frenagem em emergências e ESC (Electronic Stability Control), controle de estabilidade eletrônica capaz de controlar e distribuir a pressão nas diferentes rodas do veículo.

E7-49T
(XCMG/Divulgação)
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Inicialmente, a XCMG irá importar 200 unidades da China para comercializar até o fim do ano, cada uma pelo preço de R$ 1,3 milhão – metade desse valor representa as baterias, explica a XCMG. A principal vantagem está no custo de rodagem, gastando R$ 0,75 por quilômetro rodado contra R$ 3,36 dos modelos a diesel.

Além do E7-49T, a XCMG também oferece outros tipos de veículos de trabalho elétrico, entre escavadeiras, carregadeiras, caminhões off-road e de carga menores, como o E7-29R, um semipesado 8X4 de 490 cv e com PBT de 29 toneladas.

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Com a ampliação da sua atuação para os veículos pesados, a XCMG também pretende expandir a produção de sua principal fábrica em Pouso Alegre, no sul de Minas Gerais. A ideia é que a produção de veículos elétricos comece em 2025, inicialmente com a montagem de chassi, carroceria e componentes adicionais, mas mantendo a importação das baterias.

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