Presidência da República troca carros da Ford por BYD elétrico

Uma reunião  no Palácio da Alvorada, na manhã desta quarta-feira (24/01), a BYD apresentou um relatório detalhado do plano de investimentos no Brasil e também entregou um BYD Tan para uso da Presidência da República, por meio de um comodato de um ano. O carro foi entregue ao presidente Lula pelo próprio presidente da BYD Brasil, Tyler Li.

O BYD Tan foi o primeiro SUV elétrico lançado pela fabricante chinesa no Brasil. Tem dois motores elétricos, que somam 517 cv e 69,3 kgfm, e sua bateria de 86,4 kWh tem autonomia para 309 km, de acordo com o Inmetro, e custa R$ 529.890.

Em nota, a Presidência da República reforçou que “a cessão do veículo não representa nenhum ônus para a Presidência da República e possibilita o conhecimento e funcionamento deste modelo de carro”. O comodato se encerra em 23 de janeiro de 2025.

Esse BYD Tan chega em um momento oportuno. Em 25 de janeiro chegará ao fim um contrato de comodato de cinco carros da Ford, que vêm sendo empregados no comboio do Presidente da República, mas ainda há carros em comodato com o Gabinete de Segurança Institucional até julho deste ano. Os Ford Fusion, Edge e Bronco Sport vêm sendo usados pela presidência nos últimos anos, assim como alguns Mitsubishi Outlander.

Produção de 150.000 carros por ano

O plano de investimento apresentado pela BYD ainda contempla uma planta de como ficará a fábrica de Camaçari (BA), que pertencia à Ford, após ser remodelada pela BYD.

A fabricante chinesa já havia adiantado que o complexo de Camaçari receberá um investimento de R$ 3 bilhões e que deverá gerar 10.000 postos de trabalhos, somando os diretos e indiretos. A fabricante reforçou que já começou a seleção de funcionários e que sua intenção é priorizar a mão de obra local.

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Além disso, a chinesa dará prioridade para fornecedores locais, seja em relação a suprimentos ligados à produção veicular ou à construção civil.

A fábrica terá capacidade inicial de produzir 150.000 carros por ano. Os BYD Dolphin e Song Plus já tiveram sua produção no Brasil confirmada, sendo que o Song Plus ainda será reestilizado e se tornará flex, graças à instalação de um centro de desenvolvimento no local. O objetivo final da BYD é chegar ao volume de 450.000 carros anualmente.

Além de produzir os carros localmente, também haverá dois outros complexos fabris: um voltado para a produção de caminhões e ônibus elétricos e outra destinada ao processamento de lítio e ferro-fosfato. De acordo com o Financial Times, aBYD está negociando a compra da Sigma Lithium, maior mineradora de lítio do Brasil.