A Porsche tem muito a oferecer em termos de carros a combustão, mas nem por isso quer fazer pouco no segmento dos elétricos. Depois de lançar a nova geração do Taycan, seu primeiro carro elétrico, a alemã agora cumpre a promessa de revelar o novo Taycan Turbo GT.
Não é apenas o Taycan mais esportivo: esse é o Porsche mais potente da história a ser vendido em série, com mais de 1.100 cv. Dado que potência sem controle significa pouco, a marca também utilizou o Turbo GT para bater recordes de voltas mais rápidas (entre carros elétricos de série) tanto em Laguna Seca (EUA) quanto em Nürburgring (Alemanha).
Para tanto, os projetistas instalaram um novo motor no eixo traseiro, cujas mudanças incluem até a força que ímãs são cravados na peça que gira e movimenta as rodas. A sacada maior, entretanto, foi instalar um novo inversor de fase, a peça responsável por “converter” a energia que sai das baterias para alimentar os propulsores com máxima eficiência.
Na maior parte do tempo, o Turbo GT oferece 789 cv e o reforço na caixa de transmissão vale para todas as versões, com torque sempre de 136,6 kgfm. Mas as novidades incluem, ainda, melhor sistema de gerenciamento tanto da energia gasta quanto do calor gerado por tamanha eletricidade.
Logo, há um modo que eleva a performance ao se pressionar um botão no volante: ou há 1.033 cv disponíveis por 10 s ou há 1.108 cv disponíveis por 2 s. É nesse segundo modo, inclusive, que o Taycan vai de 0 a 100 km/h em 2,2 s e de 0 a 200 km/h em 6,4 s.
Ainda mais extremo
Para tanto, é necessário optar pelo Taycan Turbo GT com o pacote Weissach, que o torna ainda mais extremo. Nessa configuração, inclui-se aerofólio traseiro em fibra de carbono (adicionando 220 kg de downforce) e a cabine perde itens de conforto e decoração para economizar 70 kg.
Até os bancos são exclusivos, nesse caso também em fibra de carbono. Ainda saem materiais de isolamento acústico e térmico, sistema de som da Bose e ajuste elétrico dos assentos, que são de série no Turbo GT ‘convencional’.
Ambas as versões trazem uso da fibra de carbono em partes estruturais, como as colunas B. A suspensão ativa da Porsche recebeu ajustes específicos para o automobilismo e as rodas de aro 21 são desenhadas para economizar ainda mais peso e arrefecer adequadamente os freios, feitos de carbono-cerâmica.
É claro que houve economia de peso no sistema de frenagem também, mas, nesse caso, tanto para melhorar a dinâmica quanto para oferecer frenagem mais ligeira. É com o mesmo enfoque funcional que o Taycan recebeu entradas de ar funcionais na dianteira.
Em toda a linha, a nova geração do Porsche Taycan utiliza células de energia bursiformes, que contribuem para a autonomia. Há versões com até 678 km de alcance; o Turbo GT obviamente é mais gastão, mas ainda oferece 555 km com uma carga, de acordo com o ciclo WLTP. Tais incrementos, somados às melhorias no já robusto sistema elétrico, permite que apenas 18 minutos na tomada acrescente 388 km de autonomia na viagem.
A nova geração do Porsche Taycan é esperada no Brasil a partir do ano que vem. O sucesso de versões exclusivas da marca em nosso mercado faz o Turbo GT uma presença aguardada.