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Neta consegue 47 investidores para evitar falência e retomar produção na China

Com os novos investimentos, a empresa reestabeleceu parte do quadro de funcionários em sua fábrica, mas ainda não é o suficiente para retomar a produção

Por João Vitor Ferreira
6 ago 2025, 10h52
Neta X 500 Luxury
Neta X 500 Luxury (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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Os esforços da Neta para escapar da falência estão dando certo. A marca, que é propriedade da Hozon New Energy Automobile, conseguiu 47 investidores e aos poucos está tentando retomar a produção de sua fábrica em Tongxiang, na China.

Para conseguir os novos investidores interessados em ajudar no processo de reestruturação, a Neta abriu um canal de pré-registro para investidores estratégicos por meio da plataforma de alienação de ativos do Alibaba, grupo focado em vendas B2B. Isso aconteceu no dia 10 de julho e, até o início de agosto, 47 entidades demonstraram interesse em se tornarem investidores.

Fábrica da Neta em Tongxiang
Fábrica da Neta em Tongxiang (Neta/Divulgação)

Com isso, a Neta já conseguiu sanar alguns de seus problemas. Segundo a mídia chinesa, a empresa teria restabelecido os salários integrais em sua fábrica central de Tongxiang e dado início a reativação de sua rede de vendas e serviços, fornecendo materiais e apoio financeiro aos concessionários que toparam colaborar com a empresa.

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Porém, os esforços ainda não foram suficientes para retomar a produção em Tongxiang. Ainda com um quadro pequeno de funcionários, os serviços que estão sendo executados na fábrica são apenas de limpeza e organização de suprimentos e equipamentos para uma possível retomada das atividades.

A empresa iniciou o processo de recuperação judicial em junho. Antes disso, a empresa tinha salários não pagos desde novembro de 2024 e uma série de demissões, que reduziram o quadro de funcionários pela metade. Há até vídeos de protestos feitos na fábrica de Tongxiang, com os ex-trabalhadores invadindo o escritório do presidente da empresa, Fang Yunzhou.

Funcionários da Neta cobram salários atrasados
Funcionários da Neta invadiram escritório do presidente da marca para cobrar seus salários atrasados (Reprodução/Internet)
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Mas o buraco é bem mais fundo. Além dos problemas com os trabalhadores, a Neta também acumula dívidas, que somam 18,3 bilhões de yuans (cerca de R$ 14 bilhões de reais), dos quais 6 bilhões (R$ 4,62 bi) foram feitas com seus fornecedores, o que inclui a CATL, gigante chinesa fabricante de baterias. Segundo os registros judiciais de março de 2025, as contas da Neta e de suas afiliadas somavam apenas 500 yuans (R$ 385) em caixa.

Parte dos problemas se deve à queda significativa das vendas que a Neta enfrentou entre 2022 e 2024. Em apenas dois anos, os números totais de venda da marca foram de 152.000 para 64.549. Entre janeiro e fevereiro deste ano, foram apenas 487 unidades vendidas na China. Isso levou a empresa a abandonar sua sede em Xangai e, até hoje, ainda está sem um endereço físico.

carros neta
No Brasil, a marca ainda segue ‘desaparecida’ (Neta/Divulgação)
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A crise se estende para a matriz. Os acionistas da Hozon New Energy demonstraram muita preocupação com o índice de 217% de endividamento da empresa e questionaram suas estratégias de expansão anteriores, e exigiam uma troca reformas estruturais e até a troca da gestão.

Aqui no Brasil, a Neta não conseguiu emplacar muitos carros. Apenas 51 carros haviam sido emplacados entre o final de 2024 e o final de maio deste ano. O antigo site oficial da marca não existe mais, assim como sua conta oficial no Instagram.

O único site relacionado ao Brasil operante é o da Neta Potenza, primeira concessionária inaugurada pela marca, localizada no Rio de Janeiro. Nele, é possível encontrar os dois modelos lançados por aqui com desconto de R$ 20.000. O SUV X está saindo por R$ 225.900, enquanto o Aya é anunciado por R$ 123.900.

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