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Mini Aceman banca o aventureiro, mas é elétrico feito para a cidade

O elétrico Aceman mistura características de hatch e SUV para uma pegada mais aventureira, mas autonomia de 270 km não deixa ele ir muito longe

Por João Vitor Ferreira
Atualizado em 23 fev 2025, 15h45 - Publicado em 23 fev 2025, 13h40
Mini Aceman
 (Divulgação/Mini)
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O Mini Aceman chegou ao Brasil um pouco adiantado. Inicialmente, o novo modelo da marca britânica estava prometido para março, mas acabou chegando um mês antes, juntamente com o novo BMW X3. Isso pode ser indiferente, porque o Aceman sim tem uma proposta nova: ocupar a lacuna entre o Cooper hatch e o Countryman, que cresceu e agora é categorizado como um SUV médio.

Na prática, ele substitui a perua Clubman ao mesmo tempo que tem proposta aventureira. Para se encaixar neste espaço, herda o comprimento da geração anterior do Countryman: são 4,075 m de comprimento, praticamente o mesmo que um VW Polo. Ele mede ainda 1,75 m de largura, 1,51 m de altura e tem 2,61 m de entre-eixos.

Esse mix de proporções causam uma certa confusão ao categorizá-lo. O comprimento é de hatch, mas a altura, largura e proporções são próximas às dos SUVs compactos. Elementos típicos de modelos aventureiros fazem com que o Mini Aceman use tudo isso a seu favor.

Mini Aceman
Mini Aceman (Divulgação/Mini)

A linha de cintura mais alta e os para-lamas mais largos dão uma aparência mais parruda ao Aceman que o Clubman jamais teve. Para combinar, ainda tem molduras nas caixas de roda e saias laterais mais volumosas.

Aliás, todo esse visual tem um propósito. O Aceman chega para um segmento inédito para a Mini, por isso, a marca quer usar seu visual um pouco mais descolado para conquistar novos clientes.

Mini Aceman
Visual é aventureiro e se inspira em modelos clássicos (Divulgação/Mini)
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Na dianteira, é possível ver muito do Countryman, como os faróis — full LED adaptativos — mais angulares, por exemplo. A grade também é semelhante, mas um pouco reduzida para se adequar às proporções do Aceman.

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Partindo para a traseira, ela chama atenção pelo visual mais arredondado, arrematado pelas lanternas, cujas iluminações internas podem variar entre três padrões de iluminação: Classic, Favoured e JCW, que também alteram o visual dos DRLs.

As rodas são de 18’’ com design marcado por várias arestas. A cor varia de acordo com a versão. Na versão mais básica, E, elas são inteiras pretas. Enquanto na topo de linha, SE, trazem detalhes brancos.

Mini Aceman 2025
Traseira arredondada é característica marcante (Divulgação/Mini)
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Outra forma de diferenciar visualmente as variantes é no símbolo S, destacado na pseudo-grade e na tampa do porta-malas- que tem 300 L, tanto quanto a maioria dos hatches quatro portas nacionais.

As outras diferenças são técnicas. Sempre elétrico, o Mini Aceman tem pacotes de baterias e motores elétricos distintos entre as versões. A versão E tem motor de 184 cv e 29,56 kgfm, sendo alimentada por uma bateria de 42,5 kWh.

Mini Aceman
Mini Aceman (Divulgação/Mini)

Pelo ciclo de medição do Inmetro, ela garante até 253 km de autonomia. Seu carregamento pode ser feito em carregadores rápidos (DC) com potência de até 75 kW e leva 28 minutos para ir de 10% a 80%, de acordo com a Mini. Mais contida, essa versão faz de 0 a 100 km/h em 7,6 s, podendo chegar a velocidade máxima de 160 km/h.

Acima dela, a versão SE melhora todos os quesitos citados. A potência e torque sobem para 218 cv e 33,65 kgfm, refletindo diretamente no tempo de 0 a 100 km/h, que cai para 7,1 s, e na velocidade máxima, que sobe para 180 km/h.

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A bateria do Aceman SE tem um módulo a mais, o que aumenta sua capacidade para 54,2 kWh e, consequentemente, o alcance sobe para 270 km. Mais robusta, ela aceita carregamento rápido de até 95 kW, porém, o tempo de carregamento sobe um pouco, sendo de 31 minutos. Com essa autonomia, a aventura não pode ser tão longe da cidade.

Mini Aceman
Head-up display é exclusividade do topo de linha (Divulgação/Mini)

Foi justamente a versão topo de linha que pudemos testar em um trecho rodoviário entre São Roque e Araçoiaba da Serra, no interior de São Paulo. Na direção, a ergonomia é boa e a posição de dirigir se assemelha a de um hatch mais aventureiro. Os bancos são confortáveis, porém o volante tem suas ressalvas. Ele é um pouco grosso demais, principalmente na superior, onde almoçadas tentam proporcionar uma pegada diferente.

Tirando isso, a experiência de condução foi boa. O motor elétrico proporciona agilidade e os 218 cv são suficientes para o carro. A suspensão é confortável, porém é um pouco macia demais às vezes, e isso não necessariamente significa que filtra todas as imperfeições do asfalto. Mas não é nada que incomode porque o normal em um Mini é realmente ser mais firme.

Mini Aceman
Visual interno é minimalista e muito semelhante aos novos Cooper e Countryman (Divulgação/Mini)
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O peso da direção também se adapta bem à velocidade, principalmente no modo Go-Kart, o mais esportivo disponível. Este deixa a direção um pouco mais pesada e a arrancada levemente mais forte. Mas a principal diferença entre os “Experience Modes” são os gráficos da multimídia e o som projetado na cabine.

No Go-Kart, ele simula um ronco mais esportivo, por exemplo, e ganha uma temática onde predominam o vermelho, preto e branco. Há até um som característico quando você o seleciona, através de um seletor no painel. Outro modo interessante é o clássico, com grafismos mais vintage e um que remete aos Minis mais clássicos. Os demais são mais genéricos.

Mini Aceman
Há poucos comandos no painel central, todos eles físicos (Divulgação/Mini)

Por falar na multimídia, ela é a peça central da cabine minimalista. A tela OLED tem conexão com Android Auto e Apple CarPlay sem fio. Porém, pode ser que você prefira utilizar o sistema nativo, que conversa melhor com o formato do display. Quando utilizamos o sistema de integração com smartphones, eles aparecem em uma janela retangular no centro da tela de 24 cm. Já se optar por baixar o Spotify na loja da central ou usar o GPS nativo, tudo fica mais bem adaptado.

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A tela central também serve como painel de instrumentos, já que a versão E não tem o head-up display, disponível no modelo mais caro. Também é exclusividade do SE o sistema de som Harman Kardon — com 12 alto falantes e 365 watts de potência —, os assentos esportivos JCW, os modos citados anteriormente, câmera interna, sistema de navegação com realidade aumentada, controle /de cruzeiro adaptativo, teto solar panorâmico, assistente de saída de faixa e assistentes de estacionamento como visão 360º, disponível também pelo smartphone através do aplicativo da Mini.

Mini Aceman
Mini Aceman (Divulgação/Mini)

De fábrica, o Aceman vem equipado com retrovisores elétricos com função de estacionamento, alerta de mudança de faixas, alerta de “ponto cego”, alerta de colisão traseira, monitoramento de pressão dos pneus, rack de teto, carregador por indução, airbags duplos frontais, central entre motorista e passageiro dianteiro e de cortina dianteiros e traseiros, ar-condicionado de duas zonas e assentos dianteiros com ajustes elétricos e memória.

Já disponível, nas lojas e no site, o Aceman parte dos R$ R$ 254.990, enquanto a versão SE custa R$ 304.990. Há uma distância significativa para o Countryman SE, que parte dos R$ 339.990 com tração integral e dois motores elétricos que somam 306 cv.

Como o Aceman não tem opcionais, o cliente pode optar apenas pelas combinações de cores. São sete para carroceria para a versão E e dez para a SE. Além da cor do carro, o Aceman tem as opções de teto branco, preto e azul multitom, este último exclusivo da versão topo de linha, assim como a cor branca.

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