Ford pode relançar Focus e Fiesta, mas como carros elétricos

Os planos inicias de eletrificação da Ford não aconteceram da forma planejada. Com alguns erros e fracassos nos últimos anos, a marca norte-americana precisou dar um passo atrás e repensar seu planejamento. Relançar velhos sucessos seria um novo caminho para enfrentar os fabricantes chineses.

Nos últimos meses, a Ford lançou dois novos SUVs elétricos, o Explorer e o Capri, ambos derivados da plataforma MEB, da Volkswagen, e muito importantes para essa nova fase de descarbonização. Mas ainda há espaço para uma gama de carros menores e mais baratos, que têm de se tornado algo essencial, principalmente na Europa, e na concorrência contra os carros chineses.

Sob essa demanda, a Ford tem trabalhado com o objetivo de desenvolver uma nova plataforma mais acessível. Batizada internamente como “Skunkworks”, a nova arquitetura da Ford está em desenvolvimento nos Estados Unidos.

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A Ford colocou um ex-engenheiro da Tesla, Alan Clarke, como chefe de projeto desta nova plataforma. Além disso, há uma grande equipe com cerca de 300 pessoas, incluindo engenheiros com passagens por Rivian, Apple e até Fórmula 1.

Com o foco no desenvolvimento de carros mais baratos, a Ford deve trazer de volta alguns de seus veículos mais famosos: o Fiesta e o Focus. Ambos se despediram há alguns anos, mas podem voltar para produção com motorização elétrica. A volta destes carros pode significar um grande passo para a venda de elétricos, já que são modelos que tiveram um grande sucesso.

Porém, o primeiro a chegar com a nova plataforma provavelmente será o Ford Puma. No Brasil, o modelo não é oferecido, mas, em mercados como a Europa, o pequeno hatch faz muito sucesso. Sua versão montada sob a Skunkworks deve chegar a produção no final de 2026 ou início de 2027.

Haverá também o compromisso no desenvolvimento de baterias LFP, que a Ford já vê como uma “tecnologia muito mais acessível e durável”. Mas, como já dito, o principal objetivo da marca é a acessibilidade, apostando em uma gama “menor e mais específica”. Essa é a única forma de enfrentar os fabricantes chineses.