A invasão de montadoras chinesas no Brasil ainda não terminou. Dessa vez, foi a GAC quem confirmou planos bem grandes para o mercado nacional, incluindo uma fábrica de larga escala para produzir carros elétricos.
A montadora já estudava o Brasil há alguns anos, mas cravou suas intenções no início de junho, quando o vice-presidente Geraldo Alckmin foi à China; o anúncio veio na semana passada.
A GAC investirá US$ 1 bilhão (R$ 5,6 bilhões ao câmbio atual) para, em cinco anos, estabelecer “fábricas, centro de pesquisa e desenvolvimento e armazéns para peças de reposição”. E o pacote é completo: tanto a fábricas quanto as pesquisas serão de carros elétricos, híbridos e até puramente a combustão.
Excursão brasileira
As conversas para a fábrica da GAC no Brasil existem desde antes de que BYD e GWM tomassem a dianteira na invasão do mercado nacional. Ainda em 2021 houve encontros entre executivos da marca com representantes de Bahia e Espírito Santo. Em março, a comitiva se reuniu com o governador do Amapá, debatendo sobre a viabilidade de instalações lá. Pontos fortes seriam a ligação fluvial com Manaus e a possibilidade de desenvolver cadeias sustentáveis ecologicamente.
Mas é claro que, antes da fábrica, haveria importação de carros, aproveitando a experiência de quem já atua em mercados como Chile, Bolívia, Equador, Costa Rica e, desde novembro, também o México.
Falando em experiência, isso é algo abundante à GAC, que, no ano passado, produziu mais carros do que todos os emplacamentos do Brasil no período. Foram 2,5 milhões de unidades que, acredite, incluem 1,6 milhão de Honda e Toyota feitos via parcerias na China. É a única marca do mundo a produzir carros de ambas as rivais.