Caminhão de mineração a hidrogênio da GM gera energia para 3.000 casas

Carros a hidrogênio ainda não são comuns, mas também não parecem ser uma realidade distante. A Toyota já até comercializa o Mirai e tem testes avançados para uma versão da Hilux movida a hidrogênio. Porém, a GM tem planos, literalmente, muito maiores para esse combustível.

Em parceria com a Komatsu, a GM está projetando uma máquina de mineração movida a hidrogênio. Trata-se do modelo 930E, que atualmente tem um trem de força híbrido a diesel de 3.549 cv. Tudo isso para mover este caminhão colossal, que mede 7,37 m de altura, 9,19 metros de largura, 15,60 m de comprimento e pesa 210,18 toneladas.

Infelizmente, as empresas não informaram como será esse novo trem de força. Mas de acordo com o que foi dito, a célula de hidrogênio será capaz de fornecer até 2 megawatts de energia. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), uma usina hidroelétrica, para ser considerada como tal, tem que produzir no mínimo 1 MW, o suficiente para alimentar 1.500 casas. Logo, não seria errado dizer que o projeto da GM, gera energia suficiente para 3.000 casas.

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Para se utilizar o hidrogênio, um dos maiores problemas que as empresas têm que contornar é o abastecimento, já que esse combustível necessita de uma infraestrutura muito específica e cara. Porém, isso não é um grande problema para o setor de mineração, visto que grande parte dessas máquinas passam a vida toda operando em apenas uma mina. Desse modo, a construção de um local para abastecimento torna-se muito mais viável, como explicou a GM.

“Os caminhões de mineração estão entre os maiores e mais capazes veículos usados ​​em qualquer indústria, e acreditamos que as células de combustível de hidrogênio são as mais adequadas para fornecer propulsão com emissões zero para essas aplicações exigentes”, comenta o diretor executivo da GM, Charlie Freese.

As células usadas serão as Hydrotec, que quase equipou a picape Nicola Badger, mas o projeto foi descontinuado pela montadora americana pouco mais de dois meses depois que o acordo foi firmado entre as duas empresas.

Não foi especificado como a Komatsu participará efetivamente do projeto, além é claro de ceder o seu 930E como base para o projeto. Mas o negócio vai ajudar a empresa a atingir a sua meta de descarbonização, que visa reduzir as emissões em 50% até 2030 e zerá-las totalmente até 2050.

O planejamento é que um protótipo do 930E a hidrogênio seja lançado em meados desta década, que será testado na instalação de pesquisa e desenvolvimento da Komatsu no estado do Arizona, nos Estados Unidos.