Primeiro modelo da marca lançado no Brasil, o BYD Tan é também o primeiro a passar por uma reestilização por aqui. As mudanças vão além da aparência e incluem novos (e esperados) equipamentos e importantes melhorias mecânicas – apesar disso, ele perdeu desempenho.
Em versão única, o SUV elétrico parte agora de R$ 536.800 na linha 2024, ou R$ 6.910 a mais do que o anterior. No visual, as principais novidades estão nos para-choques, que adotam novos apliques e, no caso do dianteiro, fica mais fechado e se aproxima visualmente do sedã Han. As rodas são de 22 polegadas com pneus 265/40.
Por dentro, o Tan 2024 também tem a mesma aparência, com materiais de alta qualidade no acabamento, mas combinações mais discretas pelo maior uso da cor preta. O quadro de instrumentos é o mesmo, de 12,3 polegadas, assim como a central multimídia giratória, de 15,6 polegadas.
No caso da central, há atualizações no sistema, que passa a ter conectividade com Android Auto e Apple CarPlay, karaokê, quatro zonas de microfone (antes eram duas) e esquema de áudio da Dynaudio. Há câmeras 360°, sete airbags, teto panorâmico, ar-condicionado de três zonas (com tela traseira) e itens de condução semiautônoma.
A mecânica do SUV tem novidades importantes, a começar pela suspensão inteligente batizada de DiSus-C. Segundo a marca, ela detecta com rapidez situações em que a suspensão pode ser alterada, como buracos ou demais imperfeições no solo, e deixa a direção mais suave e segura. Os freios Brembo já estavam presentes anteriormente, mas é válida a lembrança.
Os dois motores elétricos são os mesmos e seguem entregando 517 cv de potência, mas agora rendem até 71,4 kgfm de torque (contra 69,3 do modelo anterior). Com isso, a velocidade máxima passou de 180 para 190 km/h, mas a aceleração de 0 a 100 km/h piorou e agora é feita em 4,9 segundos – contra os 4,6 divulgados anteriormente pela BYD. Ainda são números dignos de um esportivo.
Talvez a principal culpa para a ligeira perda de desempenho seja da nova bateria, que aumentou e elevou o peso do veículo em 141 kg. Mas há muito mais contras do que prós neste caso, já que a nova bateria passa a ter 108,8 kWh, contra 86,4 kWh de antes. Isso resulta em maior autonomia, agora de 430 km no ciclo brasileiro PBEV (antes, eram 309 km).
Outros prós para a nova bateria estão nas velocidades das recargas. Em carregadores lentos (AC), agora é possível realizar recargas a até 11 kW, enquanto, em carregadores rápidos (DC), a recarga chega a 170 kW.