BYD desiste de lançar versão híbrida do Seal e SUV cupê elétrico no Brasil
Seal 07 e Sealion 07 chegaram a ser testados por quase um ano no Brasil, mas a marca não deverá lançá-los (ao menos por enquanto) por "estratégia"
São grandes as chances de que você tenha visto, seja em sites, redes sociais ou até nas ruas, dois novos modelos da BYD em testes no Brasil, ainda camuflados. Tratam-se de um sedã – o Seal 07 em sua versão híbrida plug-in – e um SUV cupé – o elétrico Sealion 07. Porém, após quase um ano após as primeiras aparições dos modelos pelas ruas, a BYD desistiu de lançá-los no Brasil. Ao menos por enquanto.
De acordo com a marca, após iniciar os testes em território brasileiro, o sedã e o SUV foram descartados por questões de estratégias em seus respectivos segmentos. A BYD também diz que eles nem chegaram a ser homologados, mesmo que o Seal 07 tenha sido registrado no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).
QUATRO RODAS apurou que o Sealion 07, o SUV, chegou a ser homologado e recebeu seu Certificado de Adequação à Legislação de Trânsito (CAT), do Senatran, mas teve seu lançamento adiado. O motivo seria a prioridade da BYD em lançar a marca de luxo Denza por aqui, o que criaria um conflito com o lançamento de um SUV cupê de preço elevado. Assim, ele ainda tem chances de chegar, mas apenas em 2026. Seus preços poderão ficar próximos dos R$ 350.000.
O BYD Sealion 07 é um SUV cupê elétrico feito a partir do Seal elétrico, que é vendido no Brasil. Assim como no sedã, tem dois motores que somam 530 cv de potência e 70,3 kgfm, suficientes para fazer uma aceleração de 0 a 100 km/h, segundo a marca, em 4,5 segundos – a “façanha”, inclusive, está estampada na traseira com a descrição “4.5S”, logo abaixo do nome do modelo.
Sua bateria de 80,64 kWh também repete a do sedã, do tipo blade, com autonomia projetada de 550 km no ciclo chinês CLTC.
Já o Seal 07 é uma variante híbrida plug-in do conhecido sedã, mas com visual e mecânica exclusivos. Com 18 cm a mais no comprimento (chega aos 4,98 metros) e entre-eixos de generosos 2,9 metros, ele se posicionaria acima do BYD King, que chega aos R$ 175.990 na versão topo de linha, GS. Assim, ele sairia por aproximados R$ 250.000 e poderia ser um rival direto ao Honda Civic.
Na mecânica, o sedã é sempre um híbrido plug-in equipado com um motor 1.5 e outro elétrico, sempre dianteiros, como nos Song Pro e Plus. Há, no entanto, opções de motor aspirado (100 cv) ou turbo (156 cv), sem potência combinada divulgada. Segundo a BYD, a autonomia combinada do modelo pode chegar a 2.000 km, embora seja um número irreal para a vida real.
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