Alpine A110 elétrico tem teto removível e usa tablet pessoal na multimídia
Cupê usa a mesma bateria do Renault Mégane E-Tech e pode ir de 0 a 100 km/h em apenas 4,5 segundos
A Alpine renasceu em 2017 com o A110, um esportivo leve, moderno e de visual retrô, com grande inspiração em competições. Cinco anos depois, após ganhar sua versão mais rápida de todos os tempos, o cupê se prepara para dar mais um passo. A eletrificação está chegando ao modelo, como mostra o conceito elétrico A110 E-ternité.
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O protótipo, segundo a marca, ficará responsável por celebrar o 60º aniversário e por antecipar o futuro elétrico da Alpine. “Quero eletrificar a Alpine para preservar seu nome por toda a eternidade”, disse o chefão da Renault, Luca de Meo. A primeira aparição pública do modelo acontecerá neste final de semana, durante o Grande Prêmio da França de Fórmula 1.
A A110 E-ternité mostra poucas, mas significativas mudanças na aparência. Na dianteira, os faróis são cobertos com uma capa na parte superior, enquanto há uma base exclusiva no para-choque. A traseira mostra um difusor exclusivo, sem a saída de escape central, e um vidro com formas hexagonais estampadas.
Por dentro permanece o visual esportivo e refinado das versões a combustão, mas com materiais “inovadores”. Chama a atenção, porém, outra “inovação” aplicada pela Alpine ao modelo: a central multimídia utilizará tablets pessoais, que se encaixarão ao painel, assim como Fiat Mobi e Volkswagen Up já tiveram um dia.
Para a a Alpine, “esta solução fornece um sistema operacional sempre atualizado, combinado com as mais recentes tecnologias de tela”. Ela será combinada a um sistema de som de 8 alto-falantes.
Elétrico e conversível
O maior destaque fica para o teto removível do esportivo elétrico, que atende aos diversos pedidos de clientes por um A110 conversível. Além de não afetar a rigidez da carroceria, o teto é feito em carbono reciclado, ou seja, com boa dose de rigidez e leveza para o manuseio da peça.
Por falar em materiais, o A110 elétrico usa diversos materiais leves e amigáveis ao meio-ambiente, como o linho, utilizado em capô, teto, janela traseira, grade, bancos e saia traseira. Segundo a marca, o linho “é um material do futuro” por ser tão forte quanto a fibra de carbono, e manter melhor acústica.
Com o uso de componentes mais leves, foi possível equilibrar o peso do modelo. Mesmo que a bateria de 60 kWh, emprestada do Renault Mégane E-Tech, tenha 392 kg com seus doze módulos, o peso total do A110 E-ternité aumentou 258 kg em relação às versões a combustão, chegando aos 1.378 kg.
O motor elétrico traseiro entrega 242 cv e 30,6 kgfm, números capazes de levarem o modelo de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos – ligeiramente mais lento do que o A110 a gasolina, que pode fazer a prova em, no máximo, 4,4 segundos. A velocidade máxima é de 250 km/h e a autonomia projetada é de 420 km.