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Mercedes-Benz W124 era indestrutível e evoluiu para o Classe E

Superdimensionados, os modelos médios da Mercedes-Benz foram precursores do Classe E e continuaram sem concorrentes diretos em beleza, eficiência e segurança

Por Felipe Bitu Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 6 out 2024, 16h41 - Publicado em 6 out 2024, 11h18
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  • Severamente bombardeada durante a Segunda Guerra Mundial, a Mercedes-Benz ressurgiu das cinzas ao retomar a produção do sedã W136, o precursor de uma linhagem que continuou com os médios W120 (1953), W110 (1961), W114/W115 (1968) e W123 (1976). Coube ao W124 manter o prestígio e a confiabilidade da fabricante a partir de 1984.

    Iniciado logo após a apresentação do W123, o desenvolvimento do W124 levou em consideração os desafios impostos pelas crises energéticas da década anterior. Muitos de seus componentes foram compartilhados com o futuro sedã compacto W201, apresentado em 1982. Ambos tiveram suas linhas definidas pelo italiano Bruno Sacco, falecido em setembro.

    Classicos Mercedes W124
    Traseira mais baixa e lanternas trapezoidais o diferenciavam do modelo W201 (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Discípulo do engenheiro Béla Barényi, Sacco foi bem-sucedido ao conciliar estilo, eficiência e segurança. O monobloco do W124 manteve as zonas de deformação progressiva, mas inovou ao adotar aços de alta resistência para redução de peso e para garantir a rigidez do monobloco em impactos laterais e capotamentos.

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    Apresentado em 1984, o W124 renovou o apelo futurista do W201. A preocupação com a aerodinâmica ficava evidente nos detalhes: para-choques envolventes, vidros rentes à carroceria e uma frente em cunha com faróis retangulares e grade fixa ao capô. Seu coeficiente de arrasto era de apenas 0,29 e mais tarde chegou a 0,26.

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    Classicos Mercedes W124
    O enorme volante com 40 cm de diâmetro não afetava a ergonomia dos comandos (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Os 2,8 metros de entre-eixos faziam dele um sedã executivo por excelência: seus três volumes estavam bem distribuídos entre 4,75 metros de comprimento, 1,79 m de largura e 1,43 m de altura. Destaque para o limpador de para-brisa com apenas um braço: um mecanismo pantográfico garantia uma varredura mais eficiente que o sistema tradicional com dois braços.

    Classicos Mercedes W124
    O W124 era o automóvel padrão para empresas de táxi e transporte executivo: o espaço interno só era prejudicado pelo túnel central no assoalho (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Para impulsioná-lo havia motores de quatro, cinco e seis cilindros em linha. Frotistas e taxistas tinham predileção pelo OM601, um quatro-cilindros diesel de 2 litros e 72 cv. Acima dele estavam o OM602 com cinco cilindros, 2,5 litros e 90 cv e o OM603 com seis cilindros, 3 litros e 109 cv. Curiosamente, essa era a mesma potência do motor M102 a gasolina, um quatro-cilindros ainda alimentado por carburador.

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    O 200 E recebia injeção eletrônica (Einspritz) para gerar 122 cv e o 230 E rendia 136 cv, graças ao aumento na cilindrada para 2,3 litros. Desempenho era com os motores M103 de seis cilindros em linha, com 2,6 litros (160 cv) e 3 litros (180 cv).

    Classicos Mercedes W124
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    A maioria dos W124 com câmbio manual recebeu a transmissão de cinco marchas com alavanca no assoalho: curiosamente, a Mercedes ainda oferecia a transmissão de quatro marchas com alavanca na coluna de direção. O câmbio automático por sua vez era o praticamente indestrutível W4A 040 de quatro marchas.

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    A suspensão dianteira utilizava uma curiosa variação do sistema McPherson, com braço único e amortecedor não integrado à mola helicoidal. A suspensão traseira por sua vez era do tipo multibraço, praticamente a mesma utilizada pelo W201 desde 1982. Os freios eram sempre a disco nas quatro rodas.

    Em 1985 foi a vez da perua S124 chegar ao mercado, com versões de cinco e sete lugares e suspensão traseira com nivelamento automático. Dois anos depois, o cupê C124 seria apresentado no Salão de Genebra, destacando-se pela menor distância entre os eixos e pela elegante carroceria hardtop. O conversível A 124 viria apenas em 1991.

    Classicos Mercedes W124
    Suave e eficiente, o motor M103 mantinha a tradicional configuração de seis cilindros em linha (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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    O 500 E foi apresentado em 1990. Foi o primeiro Mercedes médio a receber um motor V8, o M119 de 5 litros e 326 cv. Como o W124 não previa o uso de um V8, foi preciso recorrer à Porsche: a fábrica de Zuffenhausen foi essencial na execução do projeto e abriu caminho para o 400 E em 1991, com um M119 de 4,2 litros e 279 cv.

    A reestilização de 1993 marcou a mudança na nomenclatura dos Mercedes: a letra E passou a identificar a classe Executive, intermediária entre as classes C e S. Ainda independente, a preparadora AMG apresentou o E 36 de seis cilindros, 3,6 litros e 272 cv (cupê, perua ou sedã) e o E 60 com V8 de 6 litros e 381 cv (apenas sedã).

    As últimas unidades do sedã foram produzidas em agosto de 1995, logo após a apresentação do modelo W210: a perua e o cupê foram produzidos até 1996 e o conversível até 1997, totalizando quase 2,6 milhões de unidades. A família W124 é hoje conhecida como um dos modelos mais robustos na história da Mercedes-Benz.

    Ficha Técnica – Mercedes-Benz 300 E 1991

    Motor: longitudinal, 6 cilindros em linha, 2.962 cm3, alimentado por injeção eletrônica
    Potência: 180 cv a 5.700 rpm
    Torque: 26 kgfm a 4.400 rpm
    Câmbio: automático de 4 marchas, tração traseira
    Carroceria: fechada, 4 portas, 5 lugares
    Dimensões: comprimento, 475 cm; largura, 174 cm; altura, 143 cm; entre-eixos, 280 cm
    Peso: 1.420 kg
    Pneus: 195/65 R15

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