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VW Passat GTS Pointer foi versão de despedida de fazer inveja ao Gol

A versão esportiva do Passat alcançou o mais alto grau de refinamento técnico para encerrar com louvor a carreira do modelo

Por Felipe Bitu
24 dez 2022, 18h42
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  • Referência em desempenho, o Passat TS foi objeto de desejo dos brasileiros na maior parte dos anos 70, mas sucumbiu na década seguinte frente à modernidade de rivais como Chevrolet Monza e Ford Escort.

    Para recuperar o prestígio perdido, a Volkswagen desenvolveu aquele que seria um de seus modelos mais cultuados: o Volkswagen Passat GTS Pointer.

    O GTS Pointer surgiu como uma evolução do pacato Passat GTS de 1983, idêntico à luxuosa versão GLS com motor de 1,6 litro.

    Em junho de 1984, o elegante cupê desenhado por Giorgetto Giugiaro recebeu o novo motor de 1,8 litro, o mesmo que impulsionava o recém-lançado Santana.

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    Motor para alto giro: AP-800S entregava potência de modo progressivo e linear (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    O torque subiu de 12,9 kgfm a 2.600 rpm para 15,2 mkgf no mesmo regime. O ganho em potência foi ainda mais expressivo e saltou de 82 cv a 5.200 rpm para 92 cv a 5.000 rpm.

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    Alcançou ótimos números de desempenho no seu primeiro teste: máxima de 162,89 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 13,39 segundos.

    Seu equilíbrio era igual ao do Passat TS em 1976: freios eficientes com boa modulação e sem desvios de trajetória.

    Recalibrada, a suspensão aliava conforto e estabilidade com tendência ao subesterço no limite da aderência. Precisa, a direção tinha o peso correto em qualquer velocidade. Era a primeira vez que o Passat recebia rodas de 14 polegadas, a famosa Avus com pneus 185/60.

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    Passat GTS Pointer foi um dos primeiros nacionais a oferecer bancos Recaro (Christian Castanho/Quatro Rodas)
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    Os bancos dianteiros eram fornecidos pela Recaro, anatômicos e com eficientes apoios laterais. O traseiro contava com dois encostos de cabeça e apoio de braço central. Entre os opcionais, estavam ar-condicionado e teto solar.

    Mais leve, o GTS Pointer era muito mais ágil e comunicativo que o Santana. E era sensivelmente superior em espaço interno e porta-malas quando comparado ao Gol GT.

    A nova mecânica marcou o renascimento do Passat, que apresentou uma reação positiva em vendas com as atualizações adotadas em 1985.

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    Esportivo familiar: espaço para quatro adultos e 362 litros de porta-malas (Christian Castanho/Quatro Rodas)
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    Os para-choques de lâmina metálica deram lugar a outros de plástico envolvente, com indicadores de direção posicionados na parte inferior.

    As lanternas traseiras receberam frisos horizontais pretos e o painel de instrumentos foi completamente redesenhado. Mas a melhor novidade foi o câmbio de cinco marchas com escalonamento esportivo.

    O novo câmbio fez o GTS Pointer ganhar quase 1 segundo no 0 a 100 km/h, realizando a prova em 12,45 segundos.

    Outras novidades no interior do modelo 1985 eram o termômetro de óleo posicionado ao lado do voltímetro no console e o belíssimo volante de quatro raios, que logo ficou conhecido como “Quatro Bolas”.

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    O desempenho chegou ao auge no modelo 1986, quando o GTS Pointer recebeu o mesmo motor do Gol GT.

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    Com motor 1.8 que equipava o Gol Gt, o Passat deixou para trás tanto o irmão quanto a concorrência (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Com comando de válvulas do Golf GTI alemão, a potência mínima estimada era de 105 cv – os 99 cv declarados na ficha técnica eram uma estratégia tributária da VW para evitar uma alíquota maior do IPI.

    O novo motor fez o veterano Passat superar não só o Gol GT como o recém-lançado Chevrolet Monza S/R: alcançou a máxima de 170, 61 km/h e foi de 0 a 100 km/h em 11,46 segundos. Além de ter o melhor desempenho, ainda era o mais econômico, com média de 7,36 km/l de etanol.

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    O Monza S/R reagiu com um motor de 2 litros em 1987, mas em seu último teste o GTS Pointer cravou 10,91 segundos para ir de 0 a 100 km/h.

    Apesar das virtudes, a VW estava mais preocupada em propagar novidades como o Gol GTS, o Voyage GLS e, no ano seguinte, o tão esperado Santana 2000 (com motor 2 litros).

    A última unidade deixou a fábrica em São Bernardo do Campo em 2 de dezembro de 1988. Seu caráter sóbrio e esportivo teve como sucessores o Santana GL com motor 2 litros e o igualmente cultuado Gol GTi.

    Ficha Técnica – VW Passat GTS Pointer 1.8 1989

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