Brasil tem Ferrari F50 e Isotta Fraschini premiados na Monterey Car Week 2025
Única Ferrari F50 do Brasil e Isotta Fraschini Tipo 8A SS Guida Interna Sport 1928 foram premiados no principal evento de carros clássicos mundial

Evento automobilístico mais exclusivo do calendário mundial, a Monterey Car Week de 2025 chegou ao fim no último domingo (17) com dois prêmios para carros que integram acervo no Brasil. O evento acontece anualmente na Califórnia (EUA) e engloba uma série de eventos que celebram o automóvel, desde clássicos até novos supercarros – como os Bugatti Brouillard e Lamborghini Fenomeno.
O primeiro prêmio veio na sexta-feira no campo de golfe “The Quail”, que é um salão do automóvel ao ar livre. Ali, a única Ferrari F50 do Brasil foi premiada na categoria que celebra os 30 anos do superesportivo. Este é o exemplar do museu CARDE, de Campos do Jordão (SP), que se destacou entre outras 16 unidades da F15 por ser o segundo dos três protótipos feitos antes das 349 unidades de produção.

Já no domingo, o carro premiado com o troféu “Lap of the Luxury” no Pebble Beach Concours d’Elegance foi o Isotta Fraschini Tipo 8A SS Guida Interna Sport 1928. Este carro, que também é do CARDE, recebeu o prêmio consagra o carro mais luxuoso do evento.
Antes deste evento, na quinta-feira, o mesmo Isotta Fraschini 1928 participou do Tour d’Elegance, um trajeto de aproximadamente 100 km pela costa da Califórnia acompanhado de um duPont Model E Touring 1927, que também foi enviado pelo CARDE.
Nas páginas da Quatro Rodas
Os carros da Isotta Fraschini são reverenciados no mundo inteiro. A fabricante foi fundada em 1900 e o Tipo 8ª foi apresentado em 1924. Seu motor é um oito cilindros em linha 7.4 de 110 cv. Mas tão rica quanto a história da marca é a história desta unidade premiada em Monterey.

É um carro com desenho exclusivo, da Carrozzeria Italiana Cesare Sala, de Milão, e seu primeiro proprietário foi o aviador brasileiro João Ribeiro de Barros, que foi o primeiro aviador brasileiro a cruzar o Atlântico, feito de 1927 com o hidroavião Jahú, um Savoia-Marchetti S.55, equipado com dois motores Isotta Fraschini.
Mas a história seguiu. Este carro se tornou uma obsessão do paulistano Octávio Labrusciano Novaes, entrevistado para o caderno São Paulo de QUATRO RODAS em 1987. Este carro era seu sonho de infância e ele acompanhou as trocas de proprietário até por volta de 1950, quando conseguiu comprar o Isotta de um fotógrafo holandês. Confira a reportagem a seguir:

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