1) Quando a etiquetagem entra em vigor para valer?
A partir de abril de 2018 será proibido vender pneus sem etiqueta em todos os estabelecimentos comerciais e oficinas. O programa começou em abril de 2015, quando projetos novos de pneus começaram a ser etiquetados.
2) Quais são os parâmetros utilizados?
Seguindo o que foi feito na Europa, três atributos foram escolhidos para ilustrar as etiquetas: aderência em piso molhado (os testes são feitos em linha reta, portanto não envolvem agarre em curvas), resistência ao rolamento (quanto menor a resistência, melhor o consumo de combustível) e nível de ruído.
3) Quais pneus entram no programa?
Todos os de construção radial utilizados em carros de passeio, picapes, SUVs, vans, caminhões e ônibus.
4) Quem afere esses parâmetros e aprova as etiquetas?
Assim como ocorre com eficiência energética nos veículos e com etiquetas de eletrodomésticos, cabe ao Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) averiguar todas as informações que estarão nos pneus.
5) O que o consumidor ganha?
Vai ajudar a barrar alguns piratas no mercado, em geral produtos importados de má procedência. “Ficará mais evidente para o consumidor a diferença de qualidade entre os vários tipos de pneus, e nós esperamos algumas surpresas quando todos estiverem etiquetados”, diz Ana Paula Guimarães, diretora de marketing da Michelin.
6) Além de comparar marcas, o cliente poderá escolher o melhor pneu?
Em termos. Se o foco for economia de combustível, as sete graduações (nota A a G) obtidas com o teste de resistência de rolagem serão muito importantes na escolha. Se for o conforto, o nível de ruído (três graduações) será um indicativo de qualidade. Já as notas de aderência em piso molhado (A a G) ajudam quem busca segurança. “Mas há atributos importantes que não estão contemplados, como durabilidade, dirigibilidade e frenagem”, explica Andrea Leal, gerente técnica da Goodyear.
7) Por que não foram contemplados durabilidade e os outros atributos valorizados pelo cliente?
“Porque seria muito confuso para o leigo”, diz José Carlos Quadrelli, gerente de engenharia da Bridgestone. “Além disso, questões como durabilidade são mais difíceis de serem aferidas, pois não depende apenas do pneu, mas do tipo de uso, do estilo do motorista e da manutenção geral do veículo.”. Mas há um bom tempo essa informação já existe na maioria deles: a inscrição Treadwear, que fica na lateral externa, dividindo espaço com a medida e marca do pneu.
A nova etiqueta
- Resistência ao rolamento: são sete níveis, sendo que a nota A indica os modelos que economizam mais combustível.
- Aderência em piso molhado: também em sete níveis, com a nota A oferecendo a melhor aderência na água.
- Nível de ruído externo: é expresso em decibéis, com divisão em três níveis. São eles: uma onda (até 69 dB), duas ondas (70 a 72 dB) e três ondas (acima de 72 dB).
- Selo Conpet: mostra que o pneu atende a todas as normas do Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural.