Sete erros cometidos em situações de emergência
Acabou a bateria? O carro ferveu? Atenção: nem sempre está na cara o que fazer nessa hora. Um pequeno engano em um reparo de emergência pode ser fatal
A maioria dos motoristas acha que sabe como agir ao trocar o pneu ou quando o carro ferve. Mas cuidado ao agir como todo mundo ou fazer o que parece mais óbvio. Veja algumas situações em que um simples deslize pode transformar o conserto de urgência num bom prejuízo na oficina.
SEU CARRO FERVEU? FIQUE FRIO!
A primeira reação é abrir o capô, certo? Pois não faça isso. Aguarde a saída do vapor pelas vias de exaustão do veículo. Caso contrário, você receberá uma grande quantidade de fumaça no rosto, com riscos para a saúde.
Mais importante ainda é não abrir o reservatório que armazena o líquido de arrefecimento. Quando quente, ele se compara a uma panela de pressão, jorrando água fervente e provocando queimaduras caso seja aberto. Aguarde o resfriamento do motor, complete o nível do reservatório com produto específico ou água e procure, imediatamente, um mecânico.
PEGAR NO TRANCO PODE PEGAR MAL
Até hoje muita gente acha que deve fazer um carro pegar no tranco se acabar a bateria. Saiba que isso pode gerar problemas, como a sobrecarga no circuito eletrônico.
Ainda há outros riscos: o catalisador ser danificado pela maior injeção de combustível, enquanto a correia dentada pode se romper com a exigência de um giro mais forte. O correto é chamar seu mecânico ou um guincho para enviar o veículo para uma oficina.
RODAS TRAVADAS: SEM AMARRAS
Não estranhe se seu automóvel amanhecer com as rodas travadas: as lonas podem grudar nos tambores depois do uso do freio de mão. Contenha seus instintos e não tente soltar a roda travada se arrastando pelo asfalto: isso pode danificar o conjunto.
A melhor indicação é engatar, repetidas vezes, a primeira e a ré, até que seja feita a liberação da roda. Se não adiantar, chame um guincho.
BATERIA ARRIOU? EVITE A CHUPETA
Que atire a primeira pedra quem nunca fez a famosa chupeta quando a bateria arriou. A situação é comum, principalmente em veículos que permanecem parados por muito tempo. Porém, cuidado: apesar de funcionar na grande maioria dos casos, forçar a bateria pode causar danos no sistema elétrico.
O primeiro risco está em usar um cabo emprestado por alguém que pode não ter a espessura certa e estar em más condições, com emendas. O segundo está no procedimento, como erro na posição dos polos, modo de operar os veículos ou amperagem das duas baterias.
O ideal seria fazer a carga com a bateria fora do veículo, apoiada por uma bateria auxiliar externa – os serviços de guincho das seguradoras costumam ter uma. Se o arriamento está se repetindo ou se a ligação direta não funcionar em duas ou três tentativas, é sinal de que não tem jeito: a bateria precisa ser trocada.
TROCA DE PNEU NÃO É TÃO SIMPLES
As setas em baixo-relevo na base lateral dos veículos não estão ali para decoração. Elas indicam o lugar correto para apoiar o macaco e realizar a troca dos pneus. Caso colocado em posição errada, o equipamento pode escorregar e amassar a lataria do carro.
QUEIMOU A LÂMPADA? FIQUE LIGADO!
Trocar as lâmpadas dos faróis exige mais precauções do que parece. Primeiro, cheque se as lâmpadas estão frias, para evitar queimaduras. Mais do que isso, um dos principais erros é tocar nas lâmpadas, mesmo que elas estejam frias. A oleosidade natural da pele pode causar rachaduras no vidro ao ser aquecido.
Na retirada, remova a lâmpada e a descarte rapidamente. Para colocar as novas, use luvas ou seja rápido. Caso contrário, terá de limpar o bulbo com álcool isopropílico de uso eletrônico para eliminar a oleosidade impregnada.