Por que os freios a disco na traseira estão cada vez mais raros?
Existe diferença de custo ou é por motivo técnico, a opção pelo freio a disco nas quatro rodas?
Valter Jorge Postal, Bento Gonçalves (RS)
Em carros de passeio os freios do eixo dianteiro são responsáveis pela maior parte da força de frenagem, o que justifica a utilização de freios a disco, que suportam temperaturas mais elevadas. Hoje, todos os carros novos têm freios com disco ventilado nas rodas dianteiras.
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Ter freios a disco nas quatro rodas é melhor, dá maior sensibilidade nas frenagens e permite que se exija mais do sistema por mais tempo. Mas, segundo a engenheira Silvia Iombriller, da SAE Brasil, há dois principais fatores que levam alguns modelos (especialmente os menores e mais leves) a usarem o freio a tambor na traseira.
Um deles é de fato o custo. O tambor é mais barato de ter e manter. Ainda que disperse calor com menor facilidade, há menor risco de superaquecimento por fazer menos esforço na traseira, então o uso do tambor não chega a ser um problema.
O outro é a facilidade da instalação do sistema de freio de estacionamento, que no caso do disco tem uma complexidade maior – o que acaba influenciando no custo final do projeto. “É preciso usar um mecanismo adicional acoplado à pinça de freio”, afirma a especialista. O sistema precisa manter o carro carregado em uma ladeira e o sistema a tambor leva a melhor nessa.