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Os erros que os motoristas de carros automáticos mais cometem

Câmbio automático é simples e o sistema já caiu no gosto do brasileiro, mas muitas pessoas repetem alguns vícios que podem ser prejudiciais para o sistema

Por João Vitor Ferreira
Atualizado em 20 mar 2025, 11h27 - Publicado em 19 mar 2025, 08h00
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Alavanca de câmbio é a mesma do T-Cross (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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O câmbio automático já foi um conforto restrito aos carros mais caros, mas hoje eles já se tornaram a maioria. Os automáticos caíram no gosto do brasileiro após evoluções nos sistemas disponíveis e com a maior oferta de modelos.

Porém, apesar de não ser uma tecnologia nova, muitos ainda não sabem exatamente como dirigir um carro automático do jeito correto e acabam cometendo erros que podem comprometer seu funcionamento e até quebrá-lo. E acredite, você não vai querer que isso aconteça, já que a manutenção das transmissões automáticas são mais caras que a dos manuais.

Por isso, separamos algumas dicas e comportamentos que devem ser evitados para garantir que o câmbio automático se transforme em uma dor de cabeça.

Não troque de D para outras posições com o carro em movimento

Uma prática que muitas pessoas fazem ao dirigir um carro automático e que é muito prejudicial ao câmbio: trocar do D para o R enquanto o carro não estiver totalmente parado. Essa prática pode gerar tranco no sistema, o que desgasta seus componentes internos e, com o passar do tempo, podem quebrar a transmissão. Muitos carros, inclusive, inibem essa manobra.

CambioAutomatico
Por dentro de um câmbio automático (Acervo/Quatro Rodas)

Também sempre certifique-se de que o carro esteja totalmente parado ao colocar em P. Diferente de engatar a ré, essa prática gera uma sobrecarga no pinhão de estacionamento, peça responsável por travar o carro, podendo quebrá-la ou desgastá-la severamente. Se o carro estiver com velocidade mais elevada, há até o risco de acidente grave.

Mudar de D para N com o carro em movimento é menos grave, mas deve ser evitado. Se feito com frequência, a prática pode causar desgaste excessivo nos componentes. Além disso, o motor deixa de auxiliar na frenagem (freio motor), podendo sobrecarregar o sistema de freios. O que nos leva a próxima dica.

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Nunca desça serras ou ladeiras em N

Da mesma forma que não devemos utilizar o ponto morto em ladeiras e serras nos carros manuais, também não devemos usar o N nos automáticos.

É um mito que a prática economize combustível, uma vez que os sistemas de injeção são programados para diminuir o fluxo de combustível quando tiramos o pé do acelerador.

E, como explicado anteriormente, em N o carro não usa o freio motor. Isso irá gerar uma sobrecarga no sistema de freios, podendo fazer eles superaquecerem e pararem de funcionar.

O ideal nessa situação é usar o modo manual do carro ou outros alternativos, como L ou S, que permitem que o motor trabalhe em uma rotação mais alta.

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Para descer serras, utilize sempre o modo manual (divulgação)
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Evite fazer o carro pegar no tranco

Mais uma prática comum em carros manuais, mas que pode ser prejudicial aos automáticos. Fazer o carro pegar no tranco repetidas vezes gera um desgaste maior nos componentes do câmbio automático, encurtando sua vida útil.

O recomendado é sempre fazer uma chupeta ou recarregar a bateria por outros meios. Mas se não for possível, jamais faça isso com o carro em D, para não forçar o pinhão de estacionamento. O mais indicado é deixá-lo em N, e quando atingir uma velocidade próxima aos 20 km/h, troque para D.

Fique de olho na manutenção

É verdade que o câmbio automático é mais durável, mas isso não significa que podemos abrir mão da manutenção regular. No geral, os automáticos estão mais sujeitos a erros de operação por parte do usuário.

Outra questão é o óleo lubrificante da transmissão. Apesar de muitas montadoras dizerem que o óleo dura por toda vida útil do carro, por serem lubrificantes de ultrabaixa viscosidade, ainda podem haver outros problemas.

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Por exemplo, pode haver algum vazamento ou contaminação no produto. Por isso é importante sempre verificar sua condição durante as revisões programadas. Caso no manual esteja indicado um tempo e/ou quilometragem para a troca do lubrificante, ela deve ser respeitada.

Não exceda a o limite de carga

Essa dica vale mais para os donos de picape. Apesar de exceder os limites de carga não seja recomendado em nenhuma hipótese, essa prática é especialmente prejudicial ao câmbio.

Além dos riscos já conhecidos, o peso em excesso aumenta a carga em cima de diversos componentes do carro, como freios, amortecedores e a transmissão.

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Não fique com a mão repousada na manopla (Divulgação/Quatro Rodas)

No sinal, deixe o carro em D

Se você acha que mudando a posição do câmbio para N vai estar poupando o sistema do desgaste, você está errado.

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As transmissões automáticas foram feitas para segurar o carro em Drive em paradas como essa. A maioria, inclusive, tem um modo próprio de operação que inibe que a força do motor em ponto-morto chegue às rodas. Logo, só mude para P ou N se for parar por um período mais longo, acima de cinco minutos, mais ou menos.

Qual a sequência certa para parar um carro automático?

Pinhão de estacionamento do câmbio automático
Este é o pinhão de estacionamento do câmbio automático, que faz a trava do modo Parking (Reprodução/Wikipedia)

Como há tantos cuidados relacionados à alavanca de câmbio e à posição de marcha, também é importante respeitar a sequência para estacionar o carro e colocá-lo em movimento.

Via de regra, a sequência ideal para parar um carro automático é a seguinte:

  1. Pisar no freio
  2. Acionar o freio de mão
  3. Tirar o pé do freio e deixar o carro se movimentar um pouco
  4. Posicionar a alavanca em P
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Desta forma, o peso do carro passa a ser sustentado pelo sistema de freio de estacionamento e não pelo pinhão de estacionamento, o que levaria a uma carga nos suportes e coxins que sustentam motor e câmbio.

Como sair com um carro automático: 
  1. Tirar a alavanca da posição P
  2. Colocar a alavanca em N (neutro)
  3. Soltar o freio de mão
  4. Colocar em Drive.

O que significa cada letra no câmbio automático

Existem vários tipos de câmbios automáticos, mas todos possuem as seguintes posições universais:

P – do inglês “parking”, utilizada quando o carro está estacionado. Uma vez selecionada, as rodas ficam travadas, impedindo a movimentação do veículo.

D – do inglês “drive”, usada para fazer o veículo se movimentar. As trocas de marcha são realizadas automaticamente ao acelerar, sem a intervenção do condutor.

R – essa posição engata a marcha a ré.

N – posição “neutra”, popularmente conhecida como ponto morto nos câmbios manuais.

Em alguns modelos, existe a posição L, de “low”, que deve ser utilizada quando se necessita de mais força em baixa velocidade, como em uma subida íngreme, ou para acionar o freio-motor em uma descida de serra.

Já outros modelos trazem as posições 1, 2 e 3, que indicam a marcha mais elevada a ser usada pela transmissão. Se for selecionada a posição 2, a transmissão avança apenas até a segunda marcha, por exemplo, seja em uma subida ou em uma descida.

Existem também carros cuja transmissão automática oferece a opção de o motorista realizar as trocas de marcha manualmente. Isso pode acontecer por meio da movimentação da alavanca (para os lados ou para frente e para trás), do acionamento de teclas ou ainda por meio de borboletas no volante.

Seja diante da necessidade de mais força nas subidas, seja para usar o freio-motor em descidas, deve-se usar o controle manual para selecionar a marcha desejada.

Há ainda alguns modelos que contam com uma opção S, de “sport”, que acabam por realizar as trocas de marcha em uma rotação mais elevada, ampliando a utilização da potência do motor e dando uma maior sensação de esportividade.

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