O sistema de tração integral permanente (AWD) substitui o ESP?
Ambos os sistemas ajudam na condução, mas a função de cada um é distinta e complementar
O sistema de tração integral permanente (AWD) substitui o controle de estabilidade (ESP)? – Alex Frank, Curitiba (PR)
A resposta curta é: não. O ESC (também conhecido como ESP, nome próprio dado ao equipamento patenteado pela Bosch), atua só em situações específicas, como quando o carro está prestes a perder o controle.
O problema é que essa situação de emergência pode ocorrer em carros com qualquer tipo de tração ou quantidade de eixos.
O sistema de tração integral está em ação a todo momento, variando a força aplicada em cada eixo (e roda, dependendo da tecnologia usada) sempre que necessário.
“O ESC e o AWD são sistemas que se complementam. O fato de um veículo ser equipado somente com tração integral não garante a mesma estabilidade de um sistema ESC”, explica Dirley Dias, gerente de vendas e marketing da Mercedes-Benz.
Essa sensação de segurança extra dada pelo ESC acontece porque, quando o carro começa a perder aderência no eixo dianteiro, o sistema automaticamente transfere a força do motor para o eixo posterior.
Isso permite que o motorista retome o controle do veículo com mais facilidade e é especialmente útil em pisos escorregadios.
O mais comum é que essa divisão de força varie entre 20% e 80%, mas sistemas mais modernos podem jogar toda a força do motor em uma só roda. Isso, no entanto, só acontece em situações extremas, mais comuns no off-road.
Ao contrário do ESC, que pode ser desligado na maioria dos carros, o sistema de tração integral raramente pode ser desativado. Uma das raras exceções é o novo BMW M5, que pode movimentar somente o eixo traseiro ao toque de um botão.