O significado das siglas de segurança do seu carro
Marcas batizam sistemas iguais com nomes diferentes e complicam a vida do cliente
Siglas dos sistemas de segurança
Controle de tração, de estabilidade, auxílio em rampas e distribuição eletrônica de frenagem são tecnologias que se popularizam e ficam cada vez mais acessíveis aos consumidores.
Mas cuidado: as fábricas costumam usar diferentes siglas para batizar esses equipamentos. Assim, na hora de fechar um negócio, essa confusão entre nomes pode dificultar a escolha de determinado modelo.
Para ajudar a desembaralhar essa sopa de letras, elaboramos uma lista com as siglas mais usadas.
AFU, BAS, BA, EBA, PBA (auxílio a frenagens de emergência): aplica força total nos freios em casos emergenciais. A sigla mais popular é BAS, usada em modelos como Elantra, Freemont e na picape Amarok. Mas no Fluence e noutros franceses é o AFU. Na GM, atualmente o sistema é chamado de PBA, mas também já usou anteriormente a sigla EBA.
EBD, REF (distribuidor eletrônico de frenagem): chamado de EBD pela maioria das fábricas, vira REF em franceses como DS3 e 408. Ele distribui a força aplicada pelos freios nos eixos dianteiro e traseiro.
ASR, TCS, VSA (controle de tração): impede que as rodas girem em falso em arrancadas. Certas marcas preferem chamar o aparato de ASR, como a Citroën e a VW. Para outras, como Chevrolet e Kia, é TCS. Já a Honda batiza tanto o controle de tração como o de estabilidade de VSA.
ESP, ESC (controle de estabilidade): é um conjunto de sensores programados para manter o carro na trajetória. Em curvas, ele ativa os freios em uma ou mais rodas quando ele reconhece situação de risco ou perda de aderência. Nos modelos Audi, Chevrolet ou Kia, é conhecido como ESP, enquanto a Ford dá o nome de ESC.
HSA, HAC, HLA, Hill Holder (assistente de partida em rampa) e Auto Hold e Hold Function. O primeiro impede que o veículo desça em aclives, segurando o carro (num tempo médio de 3 segundos) no curto espaço de tempo em que o motorista tira o pé do freio e acelera o carro. A Volkswagen chama o assistente de partida em rampa de HSA, a Ford de HLA, a Kia de HAC e a Fiat de Hill Holder. Já o Auto-hold, também da Volkswagen, funciona em conjunto com o freio de estacionamento eletrônico. Ele impede que o carro se desloque acidentalmente quando parado ou no momento de arrancar, pois o sistema mantém o veículo com o freio acionado (sem o motorista precisar ficar com o pé no pedal de freio) até o motorista pisar novamente no acelerador ou soltar a embreagem (em carros com câmbio manual). O mesmo sistema é batizado de Hold Function nos Mercedes-Benz.
Dualogic, Easytronic, ASG: são nomes adotados por Fiat, Chevrolet e VW, respectivamente, para o câmbio automatizado ou robotizado. Muitos confundem com as transmissões automáticas tradicionais, pois o modo de condução não se altera em relação a um câmbio automático. Porém as automatizadas são basicamente câmbios manuais operados por uma central eletrônica, encarregada de fazer as trocas.
Powershift, DSG, S Tronic: Já essas denominações são usadas por Ford, Volkswagen e Audi, respectivamente, para as suas transmissões automatizadas de dupla embreagem. Sua vantagem é a de efetuar a troca de marchas mais rapidamente que a dos automáticos e automatizados com apenas uma embreagem. Neles, uma embreagem responde pelas marchas ímpares e a outra pelas pares. Dessa forma, é possível trocar as relações sem nunca interromper a transmissão da força gerada pelo motor, como acontece no câmbio manual e no automatizado convencional..
AWD/4WD/4×4: embora parecidas, significam dois sistemas diferentes. AWD (de All Wheel Drive) e 4WD são abreviações para tração integral permanente; já os sistemas 4×4 em geral, mais vistos em veículos com série vocação off-road, permitem escolher o tipo de tração entre rodas dianteiras, traseiras ou nas quatro.