Viajar de carro é uma forma de aproveitar o passeio desde o momento em que se sai de casa. Antes de seguir em frente, porém, o motorista deve estar atento a cuidados importantes. É fundamental preparar o veículo, planejar o roteiro, considerando paradas para que todos possam esticar as pernas ou ir ao banheiro e, o mais importante, se preparar para lidar com eventuais imprevistos.
Segundo a Arteris, concessionária de rodovias como a Fernão Dias e a Régis Bittencourt, as maiores causas de interrupções em viagens de carro são: defeitos mecânicos (64%), pneus furados (15%) e falta de combustível (9%). Seja qual for o problema, o motorista deve priorizar a segurança.
Se o carro ainda pode rodar, o ideal é cair para a faixa da direita e prosseguir até um posto de abastecimento ou um local de atendimento aos viajantes. Se o veículo parar de repente na pista e não der tempo de chegar ao acostamento, em primeiro lugar, é importantíssimo sinalizar a parada, ligando o pisca-alerta e, em um segundo momento, tratar de empurrar o carro para fora da faixa de rolamento se isso for possível.
“Ao parar no acostamento, a recomendação é que, depois de ligar o pisca-alerta, que todos os ocupantes deixem imediatamente o veículo, tomando cuidado ao desembarcar e procurando uma área segura, como o gramado lateral da rodovia ou locais protegidos por guard-rails”, explica o coordenador de tráfego Vinícius Antonioli, da CCR AutoBan.
Ao contrário do que parece, o acostamento não é um lugar seguro. Segundo Francisco Pires, gerente da Autopista Régis Bittencourt, a faixa de asfalto que margeia a via é uma área de risco de acidentes e só deve ser usada como último recurso.
Ligar o pisca-alerta é só o primeiro passo. O triângulo de segurança deve ficar a 30 metros do veículo, segundo a lei, mas especialistas recomendam 1 metro para cada 1 km/h de velocidade máxima da estrada. Em outras palavras, 80 metros em uma rodovia de 80 km/h, e assim por diante.
Após esse procedimento, é hora de buscar ajuda. Nas vias mais modernas, há postes telefônicos para acionar os serviços de emergência. Mas o motorista pode ligar para a Polícia Rodoviária ou concessionária da estrada (para isso é importante já deixar na memória do celular esses telefones antes da viagem) ou pedir socorro aos serviços de assistência particulares, como os dos fabricantes do carro e das seguradoras.