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Como motores de ciclo Miller ficam mais econômicos que os de ciclo Otto?

Pequenas mudanças no tempo de abertura das válvulas do motor podem reduzir bastante as perdas mecânicas e o consumo

Por Leonardo Barboza
Atualizado em 3 abr 2024, 08h36 - Publicado em 17 Maio 2022, 07h10
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  • Motor do Fusion modelo 2012 da Ford
    Motor do Fusion modelo 2012 da Ford (Marco de Bari/Quatro Rodas)
    Por que motores de ciclo Miller são mais econômicos que os motores de ciclo Otto?

    Luís Alfredo, São Paulo (SP)

    Em primeiro lugar, é necessário dizer que, para operar no ciclo Miller, o motor precisa ter pelo menos um comando de válvulas variável na admissão, que permite escolher o início e o fim do momento de abertura da admissão do motor.

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    Dito isso, de acordo com o engenheiro Erwin Franieck, do instituto SAE4Mobility, o ciclo Miller é mais econômico porque a maior perda de eficiência de um motor a combustão vem da necessidade da admissão de ar com o acelerador só um pouco acionado.

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    Ou seja, o vácuo no coletor de admissão gera grande dificuldade para o pistão fazer a sucção do ar. “Para evitar esse esforço e reduzir o gasto de energia, em vez de manter a borboleta mais fechada, pode-se abri-la, reduzindo o vácuo na sucção”, diz o engenheiro.

    “E, quando o pistão voltar a subir para comprimir, mantém-se a válvula de admissão aberta, de forma que o ar novo que entrou a mais possa ser expelido para o coletor de admissão até chegar à mesma quantidade calculada para a queima, fechando-se então a válvula de admissão, injetando o combustível exato e fazendo a queima com esforço reduzido.”

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    Há uma perda de potência e torque em relação aos motores de ciclo Otto. Por isso, ou os motores simulam o ciclo Miller em alguns momentos (por meio do comando de válvulas variável) ou compensam a perda com um turbo ou um motor elétrico (híbridos). 

    Ao reduzir a quantidade de ar admitida, torna-se necessário menos combustível para se obter a queima perfeita, enquanto o turbo ajuda a reduzir a perda de potência decorrente da menor massa da mistura ar-combustível.

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    O motor a gasolina do Toyota Corolla Hybrid é um 1.8 que rende modestos 101 cv e 14,2 mkgf de torque, números que seriam poucos até mesmo para um 1.4. No caso do Fusion Hybrid, seu 2.0 gera 143 cv e 18 mkgf de torque, enquando o antigo 2.0 Duratec tinha 148 cv e 19,5 mkgf com ciclo Otto. Em ambos os exemplos, a potência inferior do motor à combustão é equilibrada pela força do motor elétrico.

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