Basta reduzir a marcha do câmbio, como é feito em um carro manual.
Nos modelos sem opção de trocas sequenciais isso é possível ao colocar a alavanca em modo L (de Low) ou nos números – ao selecionar o 3 ou D3, por exemplo, o carro irá trocar as marchas automaticamente até a terceira relação. Isso impede que ele avance para as próximas marchas e otimize o freio-motor. É possível obter um efeito similar acionando o modo Sport.
Outra alternativa é, nos veículos com essa opção, reduzir a marcha manualmente usando o modo sequencial, na própria alavanca ou nas borboletas do volante.
O freio-motor é possível mesmo nos carros equipados com o coasting, também chamado de “roda-livre”.
Esse sistema, que pode ter diferentes nomes de acordo com cada fabricante, permite aproveitar a energia cinética do carro em pisos planos ou declives leves, evitando reacelerações e o consequente aumento do consumo.
“Nesses veículos há diversos sensores que detectam desde a inclinação da carroceria até a posição da alavanca de câmbio. Caso o veículo aumente de velocidade ou o motorista acione o freio, automaticamente a transmissão volta a ser acoplada e muda a marcha para uma inferior, para oferecer freio-motor”, explica Lothar Werninghaus, consultor técnico da Audi.
Ou seja: em descidas íngremes o veículo sempre ficará “engrenado”, permitindo o freio-motor nessas situações.
Um ponto importante da chamada “roda-livre” é que ela não é exclusiva dos câmbios robotizados com uma ou duas embreagens. Novas tecnologias permitiram que as caixas automáticas convencionais também ofereçam o sistema.
A diferença é que, nos carros automáticos, a “roda-livre” não é a mesma coisa que o próprio motorista coloque a alavanca em neutro. Fazer isso, inclusive, danifica o conjunto ao prejudicar a lubrificação de suas partes móveis.