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O guia para cuidar do couro do banco e do volante do seu carro

Nem sempre o couro é simples de manter - e piora se for sintético. Mas a limpeza é mais fácil do que parece

Por Luís Perez
Atualizado em 21 Maio 2022, 09h49 - Publicado em 11 Maio 2015, 15h38
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  • Cuidados com o couro

    Para quem leva criança no carro, que costuma derrubar sucos ou doces pegajosos, o banco de couro é mais fácil de manter limpo. E muitos aderem a esse tipo de banco não só pela sofisticação, mas por essa facilidade de limpeza. No dia a dia, porém, não é bem o que acontece.

    A tintura da calça jeans e o suor do corpo podem fazer com que ele sofra tanto ou mais que o banco de tecido. Com o aumento do uso dos veículos equipados com assentos de couro, os revestimentos menos escuros, como bege, cinza-claro ou branco, são os que mais sofrem. Pior ainda se for um modelo que usa revestimento sintético, que imita o couro.

    “Aquele que o mercado chama de couro sintético suja mais”, diz a proprietária da Natureza & Limpeza, Ana Paula Barcena, especialista em revestimentos. Ela explica que esse acabamento, na verdade um tipo de plástico, é problemático, pois é mais delicado e permeável. “Se não cuidar, vai rachar e rasgar. Já o couro natural leva mais tempo para encardir.”

    Esponja de cozinha

    Então como limpar o couro (natural ou não) que suja? Em geral, um pano úmido resolve. Na sujeira mais persistente, use sabão neutro. Mas a limpeza deve seguir todo um ritual.

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    Ana Paula ensina: pegue um pulverizador, desses de jardim, ponha 200 ml de água e uma colher de chá de detergente neutro – pode ser o de lavar louça. Então é só agitar e pulverizar o local, esfregando com uma esponja de cozinha.

    Se a sujeira for leve, use a parte mais macia da esponja. Se for pesada, o jeito é esfregar com o lado mais abrasivo, mas sempre tomando extremo cuidado para não danificar o revestimento.

    Também vale apelar para produtos específicos para a limpeza de couro. Afinal, eles são feitos para isso. “É preciso esfregar levemente, com muita delicadeza. Por fim, passe um pano limpo para retirar o excesso de sujeira”, ensina Ana Paula.

    Hidratante de pele?

    Quando o banco estiver limpo, vem outra dica: aplicar um hidratante – o que não vale para o assento com revestimento sintético. Se a grana estiver curta para comprar um produto específico para couro natural, pode até ser um hidratante corporal, de pele, comprado em farmácia.

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    Ele vai formar uma camada protetora que proporcionará maior durabilidade ao banco. “O banco de couro é mais trabalhoso que o de tecido, pois, se não for cuidado da forma certa, ele racha e desbota com o tempo.”

    Atenção também aos maiores inimigos do banco de couro, pois eles são muito comuns: água, sucos, refrigerantes, produtos de limpeza, abrasivos, exposição à luz do sol e ressecamento pelo uso do ar-condicionado. É por isso que, na limpeza, não são recomendados outros produtos de uso doméstico, que podem estragar o couro.

    Materiais como lustra- móveis e silicone também não são indicados, pois podem deixar o assento escorregadio. Para os mais cuidadosos, uma hidratação profissional a cada três meses é uma boa opção. Em oficinas especializadas, chega a custar R$ 400. E quando o couro racha, tem solução? Não, só trocando.

    A especialista explica que revestimentos pretos devem ser limpos uma vez ao mês, enquanto os claros pedem atenção a cada 15 dias. “E, para quem tem cachorro ou criança, que costuma vomitar no carro, é recomendável usar um pouco de bicarbonato de sódio, que ajuda a eliminar o odor desagradável no couro.”

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    Couro sintético? Não!

    Segundo a legislação brasileira, não existe couro sintético ou artificial. Ou é couro, ou não deve ser chamado assim. Existe até uma lei (nº 11 211, de 19/12/2005) que proíbe a utilização da palavra se o produto não tiver origem animal. Portanto, qualquer publicidade ou concessionária que oferecer “couro sintético” (ou ecológico) estará sujeita a multa.

    Graças a isso, algumas marcas preferem não especificar se o produto é genuíno ou imitação. Como os revestimentos artificiais estão cada vez melhores, para descobrir às vezes é preciso ver a parte de trás do material. Se for como uma camurça, é couro. Se tiver uma trama regular, como a de um tecido, é imitação.

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