Recarga de gás: só em casos raros
Bruno Fernandes, por e-mail
Se o sistema não for danificado, a resposta é não. “Os fluidos do ar-condicionado não se esgotam e têm validade indeterminada, pois são substâncias estáveis e circulam em um sistema hermeticamente fechado”, conta Geraldo Arantes, instrutor do Senai e autor do livro Climatização Automotiva (Editora Senai, 2017).
“Apesar disso, os fabricantes de veículos recomendam que o fluido seja reciclado a cada cinco anos, porque a circulação é feita, em sua maior parte, através de mangueiras de borracha que podem contaminá-los com o passar dos anos”, conclui Arantes.
O ar-condicionado do seu carro não gela? Então o correto é investigar se o sistema não tem vazamentos, o que também podem exigir recarga do sistema. Antes do serviço, porém, é necessário encontrar o local por onde o gás escapa e verificar se não houve a contaminação dele.
Vale ressaltar que o principal gás usado no ar-condicionado automotivo, o R-134a (1,1,1,2 Tetrafluoroetano), não é inflamável e nem reage com outros gases, ao contrário do CFC (clorofluorcarbono), um dos principais responsáveis pelo buraco na camada de ozônio no século passado.
Olho na umidade
Uma dica simples para garantir o bom desempenho do ar-condicionado é desligar o sistema – mas mantendo a ventilação ligada – alguns quilômetros antes de chegar ao destino.
Isso permite que o trocador de calor, peça responsável por esfriar o ar, seque antes do carro ser desligado. Isso evita o acúmulo de umidade na peça e, por consequência, a proliferação de organismos que podem ocasionar odores ruins no sistema.
A troca do filtro antipólen, quando equipado, também é essencial para manter a higiene da cabine e o correto funcionando do ar-condicionado.
Agora, se o ar-condicionado gela e depois para de gelar ou começa a soltar uma fumaça branca, é possível que o trocador de calor esteja sujo e acumulando gelo. Isso também pode estar relacionado a defeito em sensores do sistema. Vale procurar um profissional para solucionar o defeito.