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A importância do filtro de cabine para ar-condicionado em carros

Responsável pela eliminação das impurezas do ar que você respira, o filtro da cabine gera dúvidas na hora da troca

Por Redação
Atualizado em 25 mar 2024, 12h17 - Publicado em 26 jan 2016, 15h23
Ar-condicionado
Filtro de cabine e ar-condicionado: a parceria ideal  (/)
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Ar-condicionado

Há diversos filtros no carro. Há um para o combustível, outro para o óleo do motor e outro para o ar que entra no coletor de admissão. Porém há um tipo que muitos desconhecem, mas que tem a função de proteger a peça mais importante de qualquer automóvel, que é o motorista. Estamos falando do filtro de cabine.

Criado originalmente para auxiliar o funcionamento do ar-condicionado, o filtro de cabine (ou antipólen) é semelhante ao filtro de ar do motor.

Há um modelo que, além de papel especial, utiliza também carvão ativado, que aumenta a capacidade de reter odores indesejáveis.

“Mesmo com a recirculação desligada (com a captação de ar externa aberta), o filtro de cabine, especialmente o de carvão ativado, é suficiente para reter a maior parte do odor da fumaça de um caminhão desregulado que passe ao lado”, diz Amaury Oliveira, gerente de engenharia da Delphi América do Sul, que produz aparelhos de ar-condicionado para automóveis.

Vilões do consumo
Não descuide da manutenção. Filtros saturados comprometem a mistura de ar e combustível.  (Acervo/Quatro Rodas)
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Essa peça possui uma particularidade ignorada pela maioria dos motoristas. Diferentemente dos outros filtros, o de cabine não tem troca por prazo ou quilometragens preestabelecida.

“A durabilidade depende de onde o motorista circula. Se ele rodar sempre em vias urbanas com alto tráfego de caminhões, ou em estradas de terra, o filtro chega a se saturar em poucos meses”, afirma Antônio Gaspar, diretor técnico do Sindirepa-SP (sindicato das oficinas de São Paulo).

Entupido, o filtro prejudica o funcionamento do ar-condicionado, reduz o fluxo de ar para a cabine e permite a proliferação de bactérias e fungos causadores de maus odores e até doenças respiratórias. E como saber a hora da troca? A questão é difícil de responder, mas há algumas dicas.

“A primeira pista é o fluxo de ar nos difusores do painel”, diz Rogério Marcos Rovella, dono da Ar Car, oficina especializada em ar-condicionado. “Se o motorista está acostumado com um determinado tipo de ‘vento’ na posição 2 do ventilador e de repente precisa passar para a 3 ou 4 para ter o mesmo efeito, é um indício de saturação”, diz.

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Outra dica é o cheiro. “Certos odores que o motorista atribui a alguma sujeira que ficou impregnada no estofamento podem, na verdade, vir do filtro de cabine. Fazendo a troca, os maus odores desaparecem ou diminuem”, afirma Gaspar.

Na falta de outros parâmetros, o ideal é fazer uma checagem periódica. “Toda vez que o carro for para a manutenção, é aconselhável pedir para olhar o filtro de cabine”, afirma Oliveira.

Tem, mas faltou

filtro de ar-condicionado
Nas cidades, ele vai de limpo a saturado em poucos meses (Acervo/Quatro Rodas)

A esta altura, se você gosta de fazer alguns reparos por conta própria, deve estar procurando a caixa de ferramentas para olhar o filtro de cabine do seu carro.

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Mas aqui há uma má notícia: a localização da peça varia de carro para carro, e em alguns modelos o filtro fica dentro do painel, com acesso difícil.

A segunda: apesar da sua importância, principalmente nos grandes centros urbanos, o filtro de cabine nem sempre está presente. Nem mesmo nos carros equipados com ar-condicionado.

“Nos veículos produzidos antes de 2000, o filtro de cabine era raro. Hoje ele é mais comum, mas há casos de carros sem ar-condicionado que têm filtro e vice-versa”, diz Gaspar.

No caso dos carros que possuem a estrutura para receber o filtro, mas saem de fábrica sem a peça, Rovella recomenda a instalação.

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“É fácil, barato e traz vários benefícios”, diz. O mais importante, segundo ele, está na limpeza do sistema. “Nos carros que possuem filtro de cabine, a higienização é feita apenas com um spray bactericida aplicado nas saídas de ar. Já os veículos sem filtro exigem limpeza mecânica, o que significa desmontar parte do painel”, afirma.

Boa parte da linha Volkswagen nacional e a segunda geração do Chevrolet Vectra vendido no Brasil têm o filtro localizado logo abaixo da “churrasqueira”, nome popular da grade de captação de ar entre o capô e o para-brisa.

Filtro de cabine do Hyundai HB20
Filtro de cabine do Hyundai HB20, por exemplo, fica atrás do porta-luvas (Acervo/Quatro Rodas)

Nesse caso, o acesso é fácil e o exame é visual: enquanto um filtro novo é amarelado, quase branco, o saturado é cinza-escuro ou preto.

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Atenção: se você se aventurou a fazer a verificação, há outro truque que ajuda a evitar maus odores. Mesmo com o filtro predominantemente limpo, pequenas manchas podem indicar a presença de colônias de bactérias.

Nesse caso, faça a substituição da peça e aproveite para pedir uma higienização do sistema antes que os microrganismos proliferem pela tubulação.

E no caso dos kits instalados em lojas independentes ou mesmo nas concessionárias? Mais uma vez, a resposta varia de acordo com a marca.

No caso da Delphi, que fornece tanto para as fábricas quanto para o mercado independente, o gerente Amaury Oliveira afirma que os sistemas são iguais.

“Se não houver filtro no original, o kit para instalação também não terá”, diz. Mas admite que o ideal seria que todos os carros, mesmo os que não têm ar-condicionado, possuíssem o filtro de cabine.

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